Exploradores do Brasil

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Predefinição:Infobox AG&E


A Associação de Guias & Exploradores do Brasil, representada pela sigla AG&E, é proponente de afiliação à Union Internationale des Guides et Scouts d'Europe – Fédération du Scoutisme Européen (UIGSE-FSE), uma federação confessional de escoteirismo católico, reconhecida pela Santa Sé. Como proponente à UIGSE-FSE, a AG&E rege-se por seus princípios estatutários e religiosos, como um movimento eclesial católico, baseando-se no método escoteiro de Baden-Powell conforme a interpretação do Pe. Jacques Sevin. A AG&E subscreve os principais documentos internacionais da UIGSE-FSE, como o seu Diretório Religioso, a Carta de Princípios Naturais e Cristãos e seu Estatuto.

Logo EXPLORADORES.JPG

Em espanhol: http://wiki.larocadelconsejo.net/?title=Asociaci%C3%B3n_de_Scouts_y_Gu%C3%ADas_de_Europa

Na Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/International_Union_of_Guides_and_Scouts_of_Europe

História do Escoteirismo Católico (UIGSE-FSE e da AG&E)

Nada é mais fascinante do que as histórias contadas à noite junto ao fogo. Essas histórias parecem meio lendárias, meias verdades, irreais e remotas.

Mas a história do Escoteirismo não é uma lenda: como cristão, você deve investir-se no mundo e, como um Explorador, você deve ajudar a transmitir os atos desta história.

Robert Stephenson Smith Baden- Powell nasceu em uma grande família em 22 de fevereiro de 1857, em Londres. Seu pai morreu muito jovem. Sua mãe ficou sozinha, educou os filhos e os incentivava a satisfazer a suas curiosidades e encontrar atividades de acordo com as suas capacidades e gostos.

Em 1876, embora muito jovem, Baden-Powell passou em um concurso, com excelentes resultados.

Foi nomeado segundo-tenente e enviado para servir na Índia, no XIII Batalhão Hussards.

Em 1884, é enviado a uma missão secreta na África. Ele deixou sua barba crescer usava roupas comuns, fingindo ser um jornalista .

Em 1896 , ele retorna à África para experimentar o que chamou de “a melhor aventura da minha vida”. Os “Matebeles” (nativos) deram-lhe o apelido de “Impeesa” , que significa “o lobo que nunca dorme” .

No cerco da cidade Sul Africana de Mafeking, durante a Guerra dos Boers, ele usou adolescentes como mensageiros, a fim de manter os homens adultos em ação de combate. Nesta ocasião, B-P percebeu como os meninos são úteis e quão seriamente eles assumiram as responsabilidades que lhes são confiadas. Ele observou que "a missão de um homem pode ser confiada a um adolescente”.“ Os cadetes de Mafeking”, nome dado ao pelotão de adolescentes, contribuíram muito para a vitória.

A Criação do Escoteirismo

A partir de sua experiência de Mafeking, B-P decidiu propor um novo método educacional. Ele testou seu método em um acampamento, entre 25 de julho e 09 de agosto de 1907. Este acampamento aconteceu na ilha de Brownsea, ao sul da foz do rio Tâmisa . Os participantes eram meninos vindos de várias classes sociais. Eles eram os “aventureiros iniciantes”, organizados em quatro patrulhas: Corvo, Maçarico, Lobo e Touro.

Em 1908, a pedido de Sir William Smith (fundador das “brigadas de meninos”), ele publicou “Bivacs”, que iria em breve tornar-se um dos capítulos de seu famoso livro “Escoteirismo para Rapazes” . As iniciais “B-P” (pronuncia-se Bi-Pi) na capa foram suficientes para atrair a atenção dos rapazes.

O movimento esparramou-se rapidamente, como um “incêndio florestal”, e B-P era cada vez mais exigido pelos meninos e pelas meninas. Ele deixou o Exército em 1910. Em 1920, ele se tornou o «Chefe Explorador Mundial» ou «Chefe Escoteiro Mundial» e começa a viajar incessantemente, a fim de consolidar o movimento. Com mais de 80 anos de idade, ele se retirou ao Quênia, na África que ele tanto amava.

B-P morreu no Quênia no dia 8 de Janeiro de 1941.

Por sua iniciativa foi fundada a Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME), em inglês “World Organization of the Scout Movement” (WOSM), que agrupa boa parte das associações de escoteirismo nacionais. No Brasil, a UEB – União dos Escoteiros do Brasil – é filiada à WOSM. Junto da WOSM, existe também a “World Association of Girl Guides and Girl Scouts” (WAGGS), a Associação Mundial de Bandeirantes, fundada por B-P e sua irmã, Agnes Baden-Powell e depois dirigida por sua esposa, Lady Olave Baden-Powell, que possui como membro a Federação das Bandeirantes do Brasil (FBB). Bandeirante foi o nome escolhido para traduzir o original “Guias” e “Escoteiras”. Hoje, tanto a WOSM/UEB quando a WAGGS/FBB possuem em seus quadros meninos e meninas, mas originalmente não era assim.

Todavia, não é só em torno da WOSM e da WAGGS que os movimentos de escoteirismo se reúnem. Desde o início houve associações independentes. Algumas delas se filiaram se juntaram a outras que saíram da WOSM e da WAGGS e fundaram, em 1996, a Federação Mundial de Escoteiros Independentes (FMEI), em inglês “World Federation of Independent Scouts” (WFIS).

Diversas outras associações, sobretudo na França, continuam independentes e não são filiadas nem à WOSM, nem à WAGGS e nem à WFIS.

O Escoteirismo em qualquer de suas associações possui modalidades: de terra (ou básica), de mar (ou marítima), e de ar (aérea). Outras modalidades podem existir também, como o escoteirismo alpino ou de montanha, o escoteirismo ferroviário. Cada uma dá ênfase a um tipo específico de treinamento e aventura, mas todos são guias e exploradores da mesma fraternidade. Se você pertence ou quer pertencer a uma modalidade especializada, terá provas específicas, além daquelas previstas para a modalidade básica.

A Origem do Escoteirismo Europeu

Em 1956, no dia de Todos os Santos, alguns jovens cristãos se reuniram em Colônia (Alemanha) e fundaram uma comunidade internacional de Escoteirismo com o nome de «Federação de Escoteirismo Europeu».

Começou a avançar a ideia de um Escoteirismo explicitamente «Europeu», indo além das fronteiras de cada país, a fim de evitar os erros do passado e da guerra.

As associações nacionais que mantinham o mesmo ideal se reuniram em torno da União Internacional de Guias e Escoteiros da Europa ou Federação do Escotismo Europeu (UIGSE-FSE, ou simplesmente UIGSE). Há associações em diversos países da Europa e começam, aos poucos, a surgir outras associações fora do Velho Mundo, como no Canadá e agora no Brasil, que procuram se filiar à UIGSE.

A proposta da UIGSE é de um escoteirismo cristão, sobretudo católico, e ela é reconhecida pela Santa Sé como uma associação internacional de fiéis de Direito Pontifício, ou seja, é abençoada pelo Papa. Há escoteirismo católico também na WOSM, e reconhecido igualmente pelo Papa, mas a proposta da UIGSE é diferente: trata-se de um apostolado mediante o escoteirismo, um caminho de santidade pelo método de B-P.

A UIGSE se inspira no Pe. Jacques Sevin, SJ, que fundou os Scouts de France, escoteiros católicos franceses ligados à WOSM, e procura manter o seu legado e sua tradição.

Esta reunião de todos os Escoteiros do mundo é chamada de “Jamboree” que acontece a cada 4 anos, normalmente. Na UIGSE, nossos Jamborees são chamados de Eurojam.

Neste mesmo espírito, a União Internacional de Guias e Escuteiros da Europa organizou várias Eurojams: Em 1984, em Châteauroux (Vellés), na França, com 6.000 participantes, em 1994, em Viterbo (Itália) para 6.000 participantes, em 2003, em Żelazko (Polónia ) , com 9.000 participantes.

Na França, no início dos anos 20, o padre jesuíta Jacques Sevin, entendeu que o Escoteirismo poderia ser um instrumento fantástico para a educação. Ele aprofundou a ideia básica e desenvolveu o Escoteirismo criando o Escoteirismo Católico.

No final de sua vida, B-P declarou que essa foi melhor adaptação feita de seu método. Padre Jacques Sevin nasceu no dia 7 de Dezembro de 1882 e morreu em 19 de Julho de 1951. Encontra-se aberto o seu processo de beatificação e canonização.

A Fraternidade dos Guias e Escoteiros da Europa, que está presente nos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Espanha, França, Hungria, Itália, Lituânia, Letônia, Polônia, Portugal, Romênia, Rússia. Fora da Europa, no Canadá. Vários países estão começando: Albânia, Bielorrússia, Irlanda, República Checa, Eslováquia, Ucrânia, e... Estados Unidos e Brasil.

Associações reconhecidas:

Alemanha Katholische Pfadfinderschaft Europas (Escoteirismo Católico da Europa) Evangelische Pfadfinderschaft Europas (Escoteirismo Evangélico da Europa)

Áustria Katholische Pfadfinderschaft Europas (Escoteirismo Católico da Europa)

Bélgica Guides et Scouts d'Europe - Belgique (Guias e Escoteiros da Europa - Bélgica)

Espanha Asociación Española de Guías y Scouts de Europa (Associação Espanhola de Guias e Escoteiros da Europa)

França Association des Guides et Scouts d'Europe (Associação de Guias e Escoteiros da Europa)

Itália Associazione Italiana Guide e Scouts d'Europa Cattolici (Associação Italiana de Guias e Escoteiros da Europa Católicos)

Polônia Stowarzyszenie Harcertwa Katolickiego Zawisza FSE (Associação de Escoteirismo Católico Zawisza da FSE)

Portugal Associação das Guias e Escuteiros da Europa

Romênia Cercetasii Crestini Romani din Feteratia Scoutismu-lui European (Escoteiros Cristãos Romenos da Federação do Escotismo Europeu)

Suíça Schweizerische Pfadfinderschaft Europas – Scoutisme Européen Suisse – Scautismo Europeo Svizzero (Escoteirismo Europeu Suíço)

Associações aspirantes:

Canadá Association Évangélique du Scoutisme au Québec (Associação Evangélica de Escoteirismo de Quebec)

Hungria Magyarorszagi Europai Cserkeszek (Escoteiros Europeus da Hungria)

Lituânia Liertuvos Nacionaline Europos Scautu Asociacija (Associação Nacional Lituana do Escoteirismo Europeu)

Associações observadoras:

Bielorrússia Katalickija Skautki i Skauty FSE (Guias e Escoteiros Católicos FSE)

Canadá e Estados Unidos Federation of North-American Explorers (Federação dos Exploradores Norte-americanos)

Eslováquia Združenie Katolíckych Vodkýň a Skautov Európy na Slovensku (Associação de Guias e Escoteiros Católicos da Europa na Eslováquia)

República Tcheca Asociace Skautek a Skautu Evropy (Associação de Guias e Escoteiros da Europa)

Ucrânia Кatolickije Skautsva Evropi (Escoteirismo Católico da Europa)

Associações em contato:

Albânia Udhëhequset dhe Skautistet e Europes (Guias e Escoteiros Europeus)

Brasil Associação das Guias e Exploradores do Brasil

O Escoteirismo no Brasil

Em 1909, pouco tempo após o escoteirismo ser fundado por B-P, já surgiam iniciativas semelhantes no Brasil levadas a cabo por oficiais da Marinha. Em 1910 foi fundado oficialmente o movimento em terras brasileiras, o Centro de Boys Scouts do Brasil. Aos poucos, inúmeros grupos foram criados em todo o país, e em 1924 eles se reuniram na União dos Escoteiros do Brasil (UEB), filiada à WOSM, enquanto as meninas, por volta da mesma época, reuniam-se na Federação das Bandeirantes do Brasil (FBB), filiada à WAGGS.

Nos anos 2000, muitos escoteiros e ex-escoteiros descontentes com os rumos tomados pela UEB e pela FBB na aplicação do método original de B-P, na supressão das antigas etapas de classe, na mudança dos uniformes, resolvem fundar grupos escoteiros independentes e buscam, pela Associação Escoteira Baden-Powell, a filiação à WFIS.

Outros, católicos, desejam uma associação escoteira de inspiração confessional e encontram na proposta da UIGSE, o escoteirismo europeu, a resposta para seus desejos. É organizada, então, a Associação das Guias e Explorares do Brasil (AG&E), que é candidata à filiação à UIGSE-FSE e adota os mesmos uniformes, mesmos padrões, mesmo cerimonial e mesmos textos fundamentais. Os primeiros membros da AG&E são do Rio Grande do Sul e das terras gaúchas, os Exploradores do Brasil se espalham por vários Estados, inicialmente São Paulo e Ceará.

Adotamos o nome “Exploradores” e “Guias” por considerarmos que são mais expressivos. Diversas associações pelo mundo também fazem uso desses termos.

Campo AG&E.jpg

Organização

O Escoteirismo Católico praticado pela AG&E é absolutamente fiel aos princípios herdados de Sir Robert Stephenson Smith Baden-Powell, iniciador do Movimento Escoteiro. Nesse sentido, todo o programa educacional do Escoteirismo Católico baseia-se na obra “Escotismo para Rapazes”, de Baden-Powell, e na implementação do método escoteiro tradicional, tal como reconhecido pela UIGSE-FSE. Embora se admitam adaptações nos aspectos acidentais do método, não se alterará o programa da AG&E de modo a descaracterizar a originalidade do Movimento Escoteiro: sistema de patrulhas, corte de honra, progressão por etapas mediante conquista de distintivos, mérito, vida mateira, exigência, lei, promessa, lemas, ramos etc.

A AG&E não adota o catolicismo de modo meramente formal. Sua adesão à fé católica é plena. Isso implica em uma submissão ao Vigário de Cristo e Sucessor de Pedro, o Papa, e ao seu Magistério, como legítimo intérprete do conteúdo da Revelação disposto na Sagrada Escritura e na Tradição Apostólica. Se o Escoteirismo Católico só é escoteirismo se fiel a Baden-Powell, ele só é, por sua vez, católico, se for fiel a Cristo e sua Igreja, fora da qual não há salvação. Na prática, a AG&E subscreve o Catecismo da Igreja Católica e adota um Diretório Religioso, estando plenamente submissa aos legítimos pastores e crendo, com fé católica, no conteúdo do que ensina a Igreja.

A AG&E mantém profunda comunhão com as demais agremiações escoteiras filiadas, afiliadas, observadoras e proponentes da UIGSE-FSE, pela unidade de princípios e propósitos, partilha na fé cristã e observância de normatizações básicas. Além disso, reconhece todos os exploradores e guias, de quaisquer associações, filiados ou não a outros organismos internacionais, ainda que sem reciprocidade, como seus irmãos no uso do método de Baden-Powell. Em virtude de tal princípio, a AG&E, sempre velando pelos três anteriores anteriores (fidelidade ao legado de Baden-Powell, associação com a UIGSE-FSE e ortodoxia), procurará sempre respeitar as associações escoteiras brasileiras e internacionais, católicas ou laicas, e não deixará de participar de atividades conjuntas, sempre que conveniente.

Os Agrupamentos de Exploradores e Agrupamentos de Guias, bem como suas unidades, isoladamente, ou em conjunto com outras associações escoteiras, filiadas ou não à UIGSE-FSE, praticam, exclusivamente, atividades escoteiras. Por atividades escoteiras se entendem aqueles eventos que somente podem ser realizados com segurança e resultado eficaz por exploradores e guias treinados e que, em contrapartida, acrescentam conhecimentos, habilidades, afetos e eficiências à formação integral do jovem e que, em adição, atende ao programa da AG&E em vigor.

Como o nome indica, a AG&E é um único movimento composto por duas vertentes: as Guias e os Exploradores. Cada vertente desenvolve um programa próprio adequado às exigências de cada gênero. A AG&E é composta por Agrupamentos de Guias e por Agrupamentos de Exploradores. Não se adotada a coeducação. Educam-se meninos e meninas separadamente. O rechaço à coeducação não tem um motivo meramente organizacional, e sim está radicado na visão de que a separação por sexos é uma melhor forma de lidar com os problemas de cada um, focando as diferenças psicológicas e biológicas entre os meninos e meninas, bem como para combater o pernicioso igualitarismo entre homens e mulheres, e para evitar ao máximo ofensas à castidade.

A AG&E vê o escoteirismo não como um fim em si mesmo, tampouco como uma mera escola de formação de pessoas boas e firmes de caráter. Para a AG&E o método escoteiro deve também servir à formação humana, mas vista como parte de uma formação integral, que supõe a formação cristã: espiritual, intelectual e apostólica. O escoteirismo praticado pela AG&E é uma ferramenta de apostolado, de conquista de almas, de projeção de líderes católicos e de expansão da Igreja. A AG&E não é apenas um movimento escoteiro formado por católicos, mas um movimento católico de escoteiros, ou, em outras palavras, o escoteirismo a serviço de Cristo e da Igreja.

Os membros da AG&E praticam o escoteirismo como um meio para chegar à perfeita comunhão com Deus, para reforçar sua presença em suas almas, para crescer na amizade com Cristo e conquistar, enfim, a bem-aventurança eterna. O escoteirismo é visto como um caminho para ser perfeito como o Pai Celeste é perfeito. O método escoteiro não é um adendo à fé católica, e sim um modo para mais perfeitamente professá-la.

Todas as atividades, quer na sede, quer no campo, devem se pautar pela segurança física, moral e espiritual. Isso não implica o rechaço dos desafios e das aventuras, sempre guiadas por chefes preparados e orientadores espirituais doutos e santos.

O escoteirismo católico adota os cinco fins propostos para seu movimento pela UIGSE-FSE: Deus, caráter, serviço, saúde e sentido do concreto. Eles estão presentes na ação formativa da AG&E, nos adestramentos, nas palestras, na progressão por classes, e no trato individual e coletivo dos membros.

Conforme a intuição de Baden Powell, baseado em princípios pedagógicos do Movimento Escoteiro observados por todas as associações ao redor do mundo, a AG&E divide a prática do escoteirismo em ramos adequados a cada faixa etária.

O Ramo Lobo destina-se a crianças de 8 a 12 anos, e nele pratica-se um escoteirismo próprio dessa idade, proporcionando um desenvolvimento em todas as áreas de crescimento: saúde e desenvolvimento físico, carácter, fé em Deus, destreza manual e sentido de entrega e partilha aos outros. Seus membros são os lobos e as lobas, organizados em bandos que, por sua vez, juntam-se em alcatéias. O Ramo Lobo é conhecido como lobismo.

O Ramo Explorador destina-se a crianças e jovens de 12 a 17 anos, praticando-se o escoteirismo clássico, em preparação para a vida adulta, no qual o método original de Baden Powell, descrito em “Escotismo para Rapazes” e na literatura guidista, é aplicado. Seus membros são os exploradores e as guias, recebendo adestramento exaustivo na fé católica, no sentido do serviço e nas técnicas mateiras, e são parte das distintas patrulhas que compõem uma tropa.

O Ramo Caminheiro destina-se a jovens e adultos dos 17 anos em diante, no qual seus membros, os caminheiros e as guias-maiores, organizados em uma companhia, aperfeiçoam o treinamento explorador e treinam a liderança do serviço interno do Movimento e para bem desempenhar suas tarefas em sociedade, à disposição da Igreja e do próximo. O Ramo Caminheiro é a plenitude do escoteirismo e é conhecido como rota ou caminho.

O lobismo prepara para o escoteirismo em sentido estrito, e a rota o continua.

Os ramos são organizados em unidades. Cada alcatéia, cada tropa e a única companhia do agrupamento explorador são as unidades do mesmo.

Assim, haverá em um agrupamento, tantas unidades quantas forem as divisões de um ramo. Cada unidade terá sua própria chefia, subordinada à chefia do agrupamento.

Cada unidade tem sua própria chefia, formada por caminheiros e guias-maiores. Reunindo-se as unidades em um agrupamento de os ou agrupamento de guias, estes têm suas chefias também, sempre caminheiros RS e guias-maiores RS.

A chefia da alcatéia cabe a quem for caminheiro ou guia-maior EP ou RP. O chefe principal da alcatéia leva o nome de Aquelá. Os chefes assistentes são Baloo, Baguera e Kaá. Os chefes da alcatéia são conhecidos pelo nome genérico de Velhos Lobos.

A chefia da tropa cabe a quem for caminheiro ou guia-maior, conforme a hierarquia do Ramo Caminheiro. O chefe principal é simplesmente chamado Chefe de Tropa, e sempre será um caminheiro RP ou RS, enquanto os demais são os Chefes Assistentes, podendo ser EP ou RP.

A Companhia de Caminheiros e a Chama de Guias-Maiores são chefiadas pelo Chefe de Companhia, um caminheiro e guia-maior que tenha feito já a sua Partida Caminheira, ou seja, que detenha a insígnia RS.

A chefia do agrupamento composta por um Chefe de Agrupamento e pelos Chefes Assistentes escolhidos por ele. O Chefe de Agrupamento é eleito pelo Conselho da Companhia de Caminheiros ou pela Chama de Guias-Maiores e referendado pelo Conselho de Pais e pelo Comissário Distrital, em processo disciplinado nos Estatutos.

Os chefes vêem no “Guia do Chefe Escoteiro”, de Baden Powell um manual seguro para o desempenho de sua liderança.

Todos os chefes das unidade devem ser investidos em uma cerimônia solene descrita no Cerimonial da UIGSE.

O agrupamento é a a reunião das unidades para a prática do escoteirismo.

Cada agrupamento tem diferentes unidades, envolvendo os três ramos. Um agrupamento dito completo é o que tem ao menos uma unidade de cada ramo, podendo, à exceção do Ramo Caminheiro, haver várias unidades por ramo.

O Agrupamento de Explorador filia-se à AG&E por meio do Distrito Explorador e da Província Exploradora, e o Agrupamento de Guias mediante o Distrito Guidista e a Província Guidista.

Uma cidade ou uma pequena região compreende, no escoteirismo católico, um Distrito Explorador para a vertente masculina e um Distrito Guidista para a vertente feminina, formados pelos diversos agrupamentos de exploradores e agrupamentos de guias do local. Os distritos exploradores de uma mesma Unidade da Federação brasileira (ou, por aprovação da instância superior, a mais de uma Unidade da Federação) reúnem-se na Província Exploradora e na Província Guidista. Por vez, as províncias exploradoras e as províncias guidistas estão subordinadas à AG&E.

A instância máxima legislativa, administrativa e judicial da AG&E é a Assembléia Geral, formada por todos os membros adultos da Associação. A Assembléia Geral será convocada de dois em dois anos.

Entre cada reunião da Assembléia, realiza suas tarefas com plenitude de poderes a Diretoria Executiva, eleita pela Assembléia Geral anterior, chefiada pelo Presidente da AG&E. Seus vice-presidentes são sempre o Comissário Geral Explorador e a Comissária Geral Guidista, ou, por indicação destes, o Comissário Geral Adjunto e/ou a Comissária Geral Adjunta. A Diretoria Executiva dirige a Assembléia Geral, convoca a próxima, e executa suas decisões, agindo em sua representação. A Diretoria Executiva reúne-se, nos termos dos Estatutos, sempre que necessário.

Para a organização do Movimento, o adestramento, a organização de atividades, confecção e aprovação de manuais e literatura própria, criar, reorganizar ou extinguir Províncias, nomear ou exonerar Comissários Provinciais e Distritais, e zelar pela correta aplicação da pedagogia da UIGSE e da AG&E, há duas Equipes Nacionais, uma para cada vertente, masculina ou feminina, chefiada pelo Comissário Nacional, ajudado por um Comissário Nacional Adjunto.

Fazem parte da Equipe Nacional de cada vertente, além do Comissário Geral e do Comissário Geral Adjunto, os Comissários Nacionais de cada ramo (Lobo, Explorador/Guia, e Caminheiro/Guia-Maior), o Coordenador Nacional do Escoteirismo/Guidismo Marítimo, o Coordenador Nacional do Escoteirismo/Guidismo Aéreo e o Coordenador Nacional do Escoteirismo/Guidismo Montanhista.

Na estrutura administrativa da AG&E há ainda um Comitê Fiscal, para o gerenciamento e aprovação das contas). O Comitê Fiscal é eleito pela Assembléia Geral.

A chefia técnica da AG&E cabe aos Comissários Gerais de cada vertente, sendo a Assembléia Geral e a Diretoria, chefiada pelo Presidente, responsáveis civilmente pelos arranjos burocráticos para a condução administrativa.

A Província Exploradora é chefiada por um Comissário Provincial, ajudado pelo Comissário Provincial Adjunto, por uma Equipe Provincial, e por um Conselho Provincial. A Equipe Provincial é composta pelo Comissário Provincial, pelo Comissário Provincial Adjunto, pelo Conselheiro Religioso e pelos Assistentes Provinciais de cada ramo. O Conselho Provincial é composto por todos os Comissários Distritais da Província. O Comissário Provincial é nomeado pelo Comissário Nacional. O mesmo em relação à Província Guidista.

O Distrito Explorador é chefiado por um Comissário Distrital, ajudado por Comissário Distrital Adjunto, por uma Equipe Distrital, pelo Conselho Distrital, e pela Companhia Inter-chefias. A Equipe Distrital é composta pelo Comissário Distrital, pelo Comissário Distrital Adjunto, pelo Conselheiro Religioso e pelos Assistentes de cada ramo. O Conselho Distrital é composto por todos os Chefes dos agrupamentos do Distrito. O Companhia Inter-chefias é composta por todos os Chefes de Agrupamento e pelos chefes e assistentes de todas as unidades de cada agrupamento. O Comissário Distrital é nomeado pelo Comissário Geral, por proposta do Comissário Provincial. O mesmo em relação ao Distrito Guidista.

É apenas na Assembléia Geral e no Conselho de Administração, portanto, que as vertentes feminina e masculina se unem.

Pedagogia

O método escoteiro ou explorador se constitui na interdependência dos seguintes pontos:

1. Vivência da promessa e da lei do explorador e da lei da guia; 2. Sistema de patrulhas; 3. Corte de honra; 4. Progressão pessoal por classes e etapas, mediante conquista de distintivos; 5. Vida ao ar livre; 6. Aprender fazendo; 7. Movimento chefiado por adultos para jovens; 8. Disciplina e hierarquia, adaptados à vida civil e à idade, como escola de valores e de patriotismo; 9. Uso do uniforme com honra, garbo, decência, elegância e correção nos detalhes.

Escoteirismo é vivência da promessa e da lei do explorador e da lei da guia. Promessa e lei do explorador e lei da guia se vivem em patrulhas. O sistema de patrulhas, pois, é a essência da aplicação do método escoteiro.

Consiste na visão de que a patrulha é a fundamental unidade do movimento, e a primeira comunidade dos jovens, onde se aprende a servir, a liderar, a trabalhar em equipe, a obedecer, a calar, a ter iniciativa, a buscar soluções, e a competir saudavelmente.

O adestramento explorador residirá sobretudo na educação para que os jovens vivam de forma muito natural em suas patrulhas, e que os seus Chefes tenham autoridade e responsabilidade, como treino para uma vida cristã e civil madura.

Pelo sistema de patrulhas, cada membro passa a compreender que é pessoalmente responsável pela honra do grupo, e que não existe vitória sem coesão.

A Corte de Honra é um ponto-chave para o correto entendimento do sistema de patrulhas.

A promessa do explorador e do caminheiro, que se faz no momento da investidura como noviço em qualquer dos ramos, em uma cerimônia solene descrita no Cerimonial da UIGSE, é a que segue:

Pela minha honra e com a graça de Deus, eu prometo: fazer o melhor possível para cumprir os meus deveres para com Deus, a Igreja e minha Pátria, ajudar o próximo em toda e qualquer circunstância, e observar a Lei do Explorador. Amém.

A promessa da guia e da guia-mais-velha, que se faz no momento da investidura como noviço em qualquer dos ramos, em uma cerimônia solene descrita no Cerimonial da UIGSE, é a que segue:

Pela minha honra e com a graça de Deus, eu prometo: fazer o melhor possível para cumprir os meus deveres para com Deus, a Igreja e minha Pátria, ajudar o próximo em toda e qualquer circunstância, e observar a Lei da Guia. Amém.

O membro estrangeiro acrescenta após “a Igreja”, a expressão “o Brasil”.

Lei do Explorador

A Lei é aquilo que Jesus viveu e ensinou entre nós, a Lei Escoteira é feito para ajudá-lo a irradiar felicidade ao seu redor.

• «A lei está impregnada do Evangelho em todos os seus artigos». • A lei é boa em si mesma, e convida você a ser feliz. • A lei é uma ajuda para você. Ser Explorador significa tentar respeitar a Lei.

A Lei Escoteira é uma regra para a vida em comum. • animada pelo amor, convida-o a crescer, ajudando os outros. • Sua patrulha é um grupo de meninos que se reconhecem uns aos outros, graças à prática da Lei.

A Lei dá-lhe as indicações necessárias para ter um estilo de vida e espírito Explorador.

  1. A honra de um explorador é ser confiável.
  2. O explorador é leal a seu país, seus pais, seus líderes e a todos que dependem dele.
  3. O explorador é feito para servir seu próximo.
  4. O explorador é amigo de todos e irmão dos demais exploradores.
  5. O explorador é cortês e cavalheiro.
  6. O explorador vê na natureza a obra de Deus e gosta de animais e plantas.
  7. O explorador cumpre com seus deveres com obediência e disciplina.
  8. O explorador sorri e canta nas dificuldades.
  9. O explorador é econômico e cuida de sue próprios bens e dos bens dos outros.
  10. O explorador é puro nos pensamentos, nas palavras e nas ações.

Lei da Guia

  1. A honra de uma guia é ser confiável.
  2. A guia é leal a seu país, seus pais, seus líderes e a todos que dependem dele.
  3. A guia é feita para servir seu próximo.
  4. A guia é amiga de todos e irmã das demais guias.
  5. A guia é cortês e generosa.
  6. A guia vê na natureza a obra de Deus e gosta de animais e plantas.
  7. A guia cumpre com seus deveres com obediência e disciplina.
  8. A guia sorri e canta nas dificuldades.
  9. A guia é econômica e cuida de sue próprios bens e dos bens dos outros.
  10. A guia é pura nos pensamentos, nas palavras e nas ações.

Cerimonial

Você pode se perguntar o que é o Cerimonial é qual a sua utilidade. Todos os dias, o nosso comportamento é repleto de gestos. Estes são hábitos, usos ou regras de polidez. Sem essas regras, nenhuma vida social seria possível.

Nossa vida escoteira também se expressa através de regras. Precisamos de simples e belos gestos, comuns a todos nós. Isto é o que o Cerimonial dos Exploradores do Brasil quer expressar. É a manifestação externa de uma convicção interna.

Para saber mais, vá em https://www.facebook.com/Exploradores-do-Brasil-330013083827067

Links das associações da UIGSE